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O segmento de fundos de investimentos fechou o primeiro trimestre de 2022 com absorção líquida de R$ 46,1 bilhões, movimentação de 56,9% menor do que o observado no mesmo período de 2021. Isso porque a captação da indústria de uma forma generalizada acabou caindo, porém, a categoria da renda fixa atraiu novos investidores.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em comparação ao mesmo período do ano passado, o total adquirido chegou a R$ 107 bilhões e neste ano caiu para R$ 46,1 bilhões. Já em comparação ao mês março, a queda foi de 31,17%, saindo de R$ 52,9 bilhões em 2021 para R$ 36,4 bilhões em 2022.
Para Lucas Oliveira, assessor de investimentos e head de produtos da Atrio Investimentos, devido à alta da Selic com a captação da renda fixa o número de contas que investem em fundos de investimento teve aumento “Quanto maior a taxa de juros, (Selic), maior tende a ser a atratividade desse tipo de fundo de investimento que é a renda fixa que vêm reduzindo os investimentos de renda variável” ressalta.
Segundo dados da Anbima, o número de contas chegou a 31.474.194 no final de fevereiro, mesmo período em relação a 2021 com aumento de 17,4% em fundos de investimento.
Em meio à retomada da alta de juros, o fundo de renda fixa liderou a capitalização, e na sequência, o destaque foi para os fundos de investimentos. Por outro lado, os fundos de ações, multimercados e previdência privada tiveram redução de captação e concentraram resgates no segundo semestre de 2021.
“Esses crescimentos se deram devido aos produtos de renda fixa terem sido bastante difundidos e isso atrai o interesse dos investidores e faz com que tenha um crescimento bastante relevante”, revela Lucas.
Ainda de acordo com a Anbima, os Fundo de Investimento em Participações (FIP) e ETF lideraram o crescimento no número de contas até novembro de 2021, com 96,3% e 91,5%, respectivamente e os Fundos de Investimento Imobiliários (FII), 44,4% sendo este último com mais cadastros.
Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o mesmo desempenho se repete e de forma ainda mais expressiva: os fundos de renda fixa em março tiveram uma captação líquida de R$ 109,2 bilhões, enquanto o total de toda a indústria foi de R$ 46,1 bilhões.
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